Porto Alegre é a terceira cidade brasileira a receber a Exposição Interativa Médicos sem Fronteiras no Mundo, durante o mês de maio. A exposição, com entrada franca, tem o objetivo de divulgar o trabalho humanitário da organização Médicos Sem Fronteiras ( Medicins Sans Frontiers - MSF) pelo mundo.
A MSF é uma organização não-governamental internacional, independente e comprometida a levar ajuda médico-humanitária às pessoas necessitadas, além de tornar pública as situações enfrentadas por essas populações atendidas. A ONG foi fundada em 1971, por jovens médicos e jornalistas franceses que trabalhavam como voluntários na Biafra (região da Nigéria), que vivia à época uma situação de guerra civil.
Hoje, a organização atende mais de 60 países, com aproximadamente 350 projetos e tem como princípios e valores a neutralidade, a imparcialidade, a independência, a universalidade e a transparência. A MSF age em quatro frentes de “batalha”: epidemias, conflitos armados, catástrofes naturais e desnutrição. Em 1999, a MSF ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
A exposição é uma experiência multissensorial que mostra o que é ação humanitária, através de fotos, vídeos, mapas e atividades especiais. Um dos diferencias desta mostra é exatamente a possibilidade de interação com os visitantes (assista a vídeo-experiência no site da exposição).
Além da divulgação da organização, a exposição também presta conta aos doadores, que são 3,8 milhões no mundo, com 37 mil destes no Brasil. Porto Alegre foi uma das cidades escolhidas exatamente por ser um dos principais centros de doação no pais.
A exposição é realizada pela AW Comunicação, com apoio da editora Stamppa, Mica Card e a parceria da Prefeitura de Porto Alegre e do Mercado Público de Porto Alegre.
Lembrando:
O que: Exposição Interativa Médicos Sem Fronteira
Quando: De 07 a 30 de maio
Onde: Mercado Público de Porto Alegre
Horário: Segunda a sexta das 9h às 20h e sábado das 09h às 18h30min.
OPINIÃO
Solidariedade sem fronteiras
Localizada no segundo andar do Mercado Público, com bom acesso e chamando bastante atenção tanto pela importância quanto pela qualidade do material oferecido, a exposição interativa Médicos Sem Fronteiras (MSF) apresenta o trabalho feito pela organização ao redor do mundo. A mostra conta com uma bela exposição de fotos dos lugares atendidos pelo MSF, como a República Democrática do Congo que sofre com os surtos de cólera; o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, que conta com cuidados de emergência e saúde mental na Fazendinha; e o Camboja, onde o grupo criou um centro de tratamento de HIV e tuberculose em 1979 que é considerado exemplo mundial por provar a viabilidade de tratar pacientes em contextos difíceis.
Fazendo jus ao nome de interativa, a exposição conta com uma Vídeo Experiência com opções de múltipla escolha que apresentam histórias e dados sobre a realidade e as ações do MSF. E ainda uma tela de TV com áudio e vídeo mostrando e explicando as atividades do grupo ao redor do mundo. Ambos os recursos incluem imagens chocantes e ao mesmo tempo belas, por evidenciar a solidariedade e importância da organização para a saúde nos mais variados lugares.
Uma das coisas mais interessantes da mostra são as mensagens de apoio deixadas pelos visitantes da exposição em um mapa que indica os lugares e as fotos dos profissionais que estao atuando nas ações humanitárias pelo mundo, demonstrando assim a preocupação, solidariedade e mobilização das pessoas em geral com a causa. Outros mapas são expostos, como o que indica as 10 maiores crises negligenciadas no mundo e países onde atuam o MSF, e um criativo mapa interativo com abas coloridas que podem ser puxados para mostrar quais países sofrem mais com a tuberculose, desnutrição, conflitos armados ou desastres naturais.
A Supervisora do Estande, Camila Bandeira, explica que a exposição é itinerante e já passou por São Paulo e Rio de Janeiro, com o intuito de divulgar o trabalho da organização. A próxima capital visitada será Belo Horizonte. "Para participar do Médicos Sem Fronteira a pessoa deve ser um profissional capacitado e formado, de preferencia que domine o inglês, para melhor comunicação. Mas qualquer um pode ser um doador ou voluntário, basta se cadastrar pelo site oficial”, diz Camila. Érica Rigo é voluntária e contou que Porto Alegre foi uma das capitais escolhidas pela organização por ser uma das cidades com mais doadores, e o movimento do público visitante está bastante satisfatório.
Enfim, a visita à exposição é uma experiência interessante e educativa, rica em informações. Trata-se de um assunto importante para o mundo e para as pessoas que necessitam de ajuda. É mais uma atitude de solidariedade que deve ser apreciada e exaltada. Portanto, vale a pena conferir e, se possível aderir a essa nobre causa.
Fotos: Caroline Motta
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